Recuperação nutricional pós-operatória em paciente oncológico em idade adulta: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevmjv2n3-001Palavras-chave:
Terapia Nutricional, Período pós-operatório, Neoplasias gastrointestinais.Resumo
Sabe-se que o preparo do paciente cirúrgico em seu contexto nutricional traz resultados claros quanto à evolução pós-operatória. Tal conhecimento, já embasado na literatura, ganha ainda mais destaque quando é feito um recorte populacional sob a ótica dos pacientes oncológicos, assim, a boa condução nutricional pós-operatório se faz necessária. Para a realização deste trabalho, optou-se por uma revisão sistemática integrativa baseada em seis etapas. Optou-se pela utilização do método PICOT, sendo formulado a pergunta a ser respondida nesta revisão: “É possível realizar medidas clínicas e nutricionais no pós-operatório para auxiliar o paciente adulto oncológico na recuperação do procedimento cirúrgico, diminuindo o número de complicações e tempo de internação?" Para o recorte temporal deste trabalho, foram utilizados artigos publicados entre os anos de 2013 e 2023. Além disso, para a escolha dos artigos, foram selecionados textos em inglês e português. Após pré seleção e seleção a partir da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram identificados vinte e nove (29) artigos, dos quais dois (2) são revisões sistemáticas, quatro (4) estudos observacionais, um (1) estudos qualitativos prospectivos, quinze (15) ensaios clínicos controlados e sete (7) meta análises. A literatura sustenta que a recuperação precoce da dieta oral, mesmo em baixas taxas iniciais (suficiência energética diária >25%), melhora o estado nutricional, bem como reduz a mortalidade. Outra alternativa apresentada pelos estudos para a definição das vias alimentares é a definição da inserção da sonda enteral. Embora não seja preferível, pois sempre se deve buscar a via alimentar mais próxima da fisiológica, muitas vezes a nutrição parenteral é necessária. A suplementação nutricional pós-operatória, tanto parenteral quanto enteral, com ácidos graxos poliinsaturados (PUFA), como o ômega-3, associados a aminoácidos, como glutamina e arginina, demonstrou relevância estatística na redução de complicações infecciosas secundárias no pós-operatório. Os estudos ainda divergem sobre a redução da mortalidade em comparação com a nutrição enteral padrão. Estudos mais robustos podem ser necessários para descartar ou impor tal prática de suplementação nutricional. Ainda há uma tentativa de suplementação de proteína total em dietas orais e enterais na tentativa de melhorar a recuperação pós-operatória. A associação de uma dieta rica em proteínas no pós-operatório imediato com o uso concomitante de fibras dietéticas (Fibra Alimentar Frutooligossacarídeo) também foi estudada. O número de pacientes com diagnóstico tardio em estágios oncológicos avançados ainda é uma realidade preocupante, principalmente após o advento da COVID-19. Os cuidados pós-operatórios para reabilitação nutricional carecem de estudos mais robustos para indica com maior segurança um protocolo geral de manejo. terapias de imunomodulação podem apresentar boa resposta quando utilizadas no período pós-operatório.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 International Seven Journal of Multidisciplinary
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.