Análise epidemiológica comparativa dos casos de dengue no estado do Paraná nos anos de 2023 e 2024

Autores

  • Isadora Laguila Altoé
  • Bruna Galan Gomes

Palavras-chave:

Dengue, Epidemia, Paraná, Perfil epidemiológico.

Resumo

Introdução: A dengue é uma doença febril aguda e infecciosa, que pode manifestar-se de forma benigna ou grave. É causada por um arbovírus, sendo transmitido pelo Aedes aegypti. Existem quatro sorotipos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Os principais sintomas são febre alta, mialgia, dor retro-orbital, cefaleia e exantema. A dengue constitui desafio para a saúde pública, configurando uma epidemia, inclusive no Paraná. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos prováveis documentados de dengue no estado do Paraná, durante janeiro a dezembro de 2023 e janeiro a abril de 2024. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, transversal e quantitativo, desenvolvido a partir de dados secundários obtidos do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS/MS). Resultados e Discussão: No ano epidemiológico de 2023, notificaram-se 211.022 casos prováveis de dengue no Paraná. Já em 2024 (até abril deste ano), ocorreram 421.455 casos, observando-se aumento de 99,72%. Infere-se que o número de casos praticamente dobrou, decorrendo apenas 1/3 do ano epidemiológico de 2024. Em 2023, 6.285 casos necessitaram de hospitalização e em 2024, 14.192. Apesar de proporcionalmente não ter aumentado significativamente (2023: 2,97%; 2024: 3,36%), foi necessário maior número de leitos, já que houve aumento de quase 126%. Tanto em 2023 quanto em 2024, a macrorregião norte foi a que abrigou a maioria dos casos. Porém, a macrorregião que teve maior aumento proporcional foi a noroeste (2023: 15,05%; 2024: 21,19%). Em 2023, 75,35% dos casos evoluíram para cura e 0,06% para óbito. Já em 2024, 65,72% evoluíram para cura e 0,05% para óbito. Assim, é importante a monitorização contínua dos tratamentos e da qualidade dos cuidados de saúde dos pacientes. Conclusão: Sublinha-se a necessidade de uma constante monitorização dos casos e medidas de prevenção, visto que os afetados pela arbovirose estão em perseverante aumento em comparação com o ano anterior.

DOI: https://doi.org/10.56238/homeIVsevenhealth-023

Publicado

2024-06-05