Perfil de internações por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool no Maranhão

Autores

  • Mariana Ribeiro Jacinto Barros Nolêto
  • Felipe Barros Nolêto

Palavras-chave:

Alcoolismo, Saúde mental, Epidemiologia.

Resumo

O uso do álcool e outras drogas está interligado a problemas de saúde e gera prejuízos financeiros e familiares. Entre 2010 e 2020, houve 423.290 internações por transtornos mentais e comportamentais pelo uso de álcool no Brasil. O objetivo do estudo é avaliar e discutir o perfil de internações por transtornos pelo uso de álcool no Maranhão. Trata-se de um estudo epidemiológico das internações por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool entre 2013 e 2023 no Maranhão.  Os dados foram retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e estratificados em: faixa etária, sexo, raça/cor e caráter de atendimento. Foram internadas 7.689 pessoas por transtornos relacionados ao álcool. Na faixa etária, destacou-se a de 30-39 anos (29,9%), a de 40-49 anos (25,6%) e a de 20-29 anos (20,4%) e 2023 com os dois maiores percentuais por ano: 40-49 anos (27,9%)  e 30-39 anos (26,8%) - seguem o parâmetro nacional de destaque para faixas etárias.  No sexo, houve tendência de aumento para os dois sexos na maior parte da análise anual, com predominância para o sexo masculino (82,06%) em relação ao feminino (17,9%) na análise geral, predominância que segue a literatura. Em cor/raça, percebeu-se predominância da branca (58,3%) em relação à parda (23,9%) e preta (0,56%), com destaque para o percentual sem informações (14,1%). Quanto ao caráter de atendimento, destacaram-se os de urgência (80,6%) em relação aos eletivos (19,4%). Portanto, pessoas entre 30-39 anos, sexo masculino, brancas e em atendimentos de urgência representam o predomínio de internações por transtornos mentais e comportamentais pelo álcool no Maranhão. Destaca-se o predomínio de homens e jovens e o ano de 2023 como fatores que refletem a importância contemporânea de incremento das políticas específicas para melhorar a saúde e segurança pública e diminuir, portanto, o número de internações pelo uso de álcool.

 

DOI: 10.56238/sevenVmulti2024-047

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Publicado

2024-03-22