Resumo
Este estudo investigou a validade convergente da Escala de Avaliação dos Efeitos da Musicoterapia em Grupo na Dependência Química (MTDQ) em relação à University of Rhode Island Change Assessment (URICA) bem como os efeitos da musicoterapia nos Estágios de Mudança. Para tanto, foram analisadas as correlações entre os construtos e a influência da musicoterapia nos Estágios de Mudança e modelos lineares em que os efeitos da musicoterapia foram postos como preditores dos estágios de mudança. Os resultados destacaram a adequada confiabilidade do fator geral da MTDQ, porém os fatores específicos não se comportaram conforme a teoria. A musicoterapia em grupo teve um impacto significativo nos processos de mudança, favorecendo os estágios de Contemplação, Ação e Manutenção. Limitações incluíram disparidade na participação entre grupos, dados faltantes e dificuldades dos participantes com o preenchimento das escalas. Futuras pesquisas devem explorar diferentes populações. Além disso, é essencial investigar intervenções específicas de musicoterapia e outras formas de mensuração, dado que o autorrelato aponta limitações significativas nesta população. Em suma, este estudo contribui para a compreensão dos mecanismos subjacentes à MT em grupo como uma intervenção terapêutica eficaz para indivíduos com DQ, embora aponte a necessidade de aprimoramento metodológico e investigativo para desenvolver pesquisas mais eficazes.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.012-030