Resumo
Estando presente em quase 100% dos pacientes submetidos à quimioterapia e radioterapia, a Mucosite Oral é o resultado de agressões provocadas pelos fármacos e raios utilizados nessas terapêuticas, resultando na liberação de inúmeras citocinas inflamatórias, ocasionando o surgimento de lesões ulceradas eritematosas. A dor provocada por essas ulcerações afetam diretamente no tempo de tratamento e qualidade de vida do paciente, sendo a idade, tipo de paciente e perfil do tumor, fatores de risco para o aparecimento e severidade da sintomatologia e grau da mucosite oral. A patobiologia da mucosite oral é subdividida em etapas ou fases, que se inicia no momento em que o paciente se submete a terapêutica antineoplásica, até sua cicatrização/remissão espontânea. As características clínicas variam desde pequenas regiões ulceradas e de dor leve até áreas extensas e de dor exacerbada, levando o paciente a estados de nutrição deficiente, comprometendo assim seu estado fisiológico e piorando seu prognóstico. Nos últimos anos vêm sendo estudadas várias opções de tratamento, prevenção e manejo da dor em pacientes que desenvolvem mucosite oral, como o uso de antiinflamatórios, agentes antioxidantes, intervenções físicas, agentes naturais, dentre outros. Nesse sentido, com o intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente portador de câncer, é imprescindível que a equipe oncológica esteja atualizada nas recentes condutas e técnicas de manejo desse tipo de paciente, pra que se evite uma maior debilitação e piora em sua saúde.
DOI:https://doi.org/10.56238/medfocoexplconheci-054