Abstract
Este artigo tem como objetivo analisar criticamente a fragmentação dos saberes científicos e humanos, frequentemente confinados a disciplinas escolares e departamentos universitários, à luz da história da relação entre filosofia e ciência. Para tanto, utilizamos como referência o paradigma cartesiano e o surgimento do paradigma da complexidade. Investigamos, em particular, os modelos pedagógicos derivados do paradigma cartesiano, com destaque para a pedagogia das competências e habilidades que, com a reforma do Ensino Médio promovida por Mendonça Filho, tornou-se a diretriz oficial do currículo escolar no Brasil. Nesse contexto, questionamos até que ponto essa mudança curricular e pedagógica consegue superar o modelo cartesiano e se os papéis atribuídos à filosofia e à ciência nesses documentos legais contribuem para a articulação dos saberes sob uma perspectiva de pensamento complexo.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-092