CONTROLE MOTOR E NEUROCOGNIÇÃO EM CRIANÇAS AUTISTAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE O EFEITO DA TAURINA

Autores

  • Mariana Jordem Filgueiras Tybel
  • Mirele Morais Mayrink
  • Melina Salarini Mendonça
  • Stéfane Pereira Sanglard
  • Sarah Fernandes Teixeira
  • Clairton Marcolongo Pereira
  • Rafael Mazioli Barcelos
  • Fernanda Cristina de Abreu Quintela Castro

Palavras-chave:

Aminoácido, Suplementação, Motricidade, Neurodesenvolvimento

Resumo

A taurina é um dos aminoácidos não-essenciais mais abundantes no nosso organismo, tendo importante função no desenvolvimento cognitivo. Variações em sua concentração estão relacionadas à distúrbios do neurodesenvolvimento, exemplificados por movimentos repetitivos, hiperatividade e déficit interativo em crianças autistas. Estudos demonstram que a suplementação do acamprosato, fármaco derivado da taurina, apresenta um potencial mecanismo farmacodinâmico na melhora dos sintomas cognitivos e motores. Sob essa ótica, o trabalho tem como objetivo analisar os dados relativos à influência da suplementação da taurina em crianças autistas com déficits no controle motor e na neurocognição. A revisão integrativa utilizou como estratégia de busca a identificação e seleção dos artigos publicados na base de dados PubMed, nos anos de 2011-2023. Após análises iniciais de título e resumo, foram selecionados 80 artigos. A leitura na íntegra, com aplicação dos critérios de inclusão, suplementação de taurina, participantes autistas menores de 18 anos, estudos de coorte, caso controle e observacional, foram utilizados 17 artigos para elaboração do resultado do trabalho. Os resultados mostraram que há um desequilíbrio entre a razão excitatória e inibitória, representado pela relação glutamato/GABA, o qual está associado a dificuldade em interações sociais e comportamentos repetitivos. Por conseguinte, estudos indicam que o fármaco acamprosato, atua como um agonista nos receptores GABA tipo A, regulando a ação inibitória, a fim de melhorar os sintomas decorrentes desse desequilíbrio presente em crianças atípicas. Dessa forma, conclui-se que a suplementação de taurina pelo acamprosato, em crianças autistas, apresenta-se como uma estratégia benéfica para minimizar distúrbios no controle motor e na neurocognição. Contudo, é necessário pesquisas aprofundadas, de maior impacto científico, sobre o real efeito desse fármaco, a fim de consolidar essa nova possibilidade terapêutica.

DOI: 10.56238/sevenVhealth2025-010

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Publicado

2025-04-15