INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR NEOPLASIAS MALIGNAS DE LARINGE, LÁBIO, CAVIDADE ORAL E FARINGE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS (2018–2024)
Palavras-chave:
Neoplasias Bucais, Neoplasia de Laringe, Morbidade Hospitalar, Saúde Pública, EpidemiologiaResumo
Objetivo: Analisar a morbidade hospitalar por neoplasias malignas de laringe, lábio, cavidade oral e faringe no Brasil, destacando tendências temporais, perfil sociodemográfico e impactos nos sistemas de saúde entre os anos de 2018 e 2024. Metodologia: Estudo epidemiológico ecológico de séries temporais com abordagem analítica, baseado em dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) disponibilizados pelo DATASUS. Foram avaliadas variáveis como número de internações, óbitos, faixa etária, sexo, custos hospitalares e valor médio por internação. A análise foi complementada por revisão bibliográfica nas bases PubMed, SciELO, Google Acadêmico e Elsevier. Resultados: No período analisado, as neoplasias do lábio, cavidade oral e faringe corresponderam a 67,57% das internações, enquanto as neoplasias de laringe representaram 32,43%. Observou-se predominância masculina (77,38% das internações e 79,52% dos óbitos), com maior concentração de casos entre indivíduos de 50 a 69 anos. A mortalidade foi superior nas neoplasias do lábio, cavidade oral e faringe (71,54% dos óbitos). O maior número de óbitos ocorreu em 2023, enquanto 2020 apresentou a menor taxa, possivelmente influenciado pela pandemia de COVID-19. Os custos hospitalares foram elevados, com crescimento progressivo do valor médio por internação ao longo dos anos, atingindo aumento de 11,61%. Conclusão: Os dados revelam um panorama preocupante quanto à incidência, mortalidade e impacto financeiro das neoplasias malignas de laringe, lábio, cavidade oral e faringe no Brasil. Reforça-se a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção, diagnóstico precoce e acesso qualificado ao tratamento, especialmente para os grupos de maior risco.