Uso de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) na sala de emergência: Indicações terapêuticas e precauções
Palavras-chave:
AINEs, Analgésicos, Sala de emergência, PrecauçõesResumo
INTRODUÇÃO: Os analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são amplamente utilizados nas salas de emergência devido à sua eficácia no alívio da dor e na redução da inflamação. Esses medicamentos desempenham um papel vital na gestão de diversas condições agudas, incluindo traumas, dores musculoesqueléticas e inflamações. No entanto, o uso indiscriminado e sem as devidas precauções pode resultar em efeitos adversos significativos, particularmente em pacientes com comorbidades preexistentes. Portanto, é imperativo que os profissionais de saúde compreendam as indicações específicas e as precauções associadas ao uso de AINEs em ambientes de emergência. OBJETIVO: Este estudo visa revisar e sintetizar a literatura recente sobre as indicações e precauções no uso de AINEs na sala de emergência, destacando os benefícios terapêuticos e os riscos potenciais associados a esses medicamentos. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa utilizando os termos de busca "AINEs", "analgésicos", "sala de emergência" e "precauções" nas bases de dados SCIELO e PubMed, com foco em artigos publicados nos últimos cinco anos no Brasil. Foram inicialmente identificados 25 artigos, dos quais 12 foram selecionados para análise detalhada com base na relevância e contribuição para o tema. RESULTADOS: Os principais AINEs utilizados na sala de emergência incluem ibuprofeno, diclofenaco e cetorolaco. O ibuprofeno é amplamente utilizado devido ao seu perfil de segurança relativamente favorável e eficácia no manejo da dor e inflamação. O diclofenaco, conhecido por sua potente ação anti-inflamatória, é indicado em casos de dor severa, mas deve ser utilizado com cautela em pacientes com histórico de doenças cardiovasculares. O cetorolaco é frequentemente utilizado para o manejo de dor aguda moderada a severa, especialmente após procedimentos cirúrgicos, devido à sua potente ação analgésica. As principais precauções no uso de AINEs incluem o monitoramento de funções renais e hepáticas, a avaliação de riscos gastrointestinais e cardiovasculares, e a consideração de interações medicamentosas. Pacientes com histórico de úlcera péptica, insuficiência renal ou doença cardíaca devem ser cuidadosamente avaliados antes da administração de AINEs. CONCLUSÕES: A utilização adequada de AINEs na sala de emergência pode proporcionar alívio significativo da dor e da inflamação, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, é fundamental que os profissionais de saúde adotem uma abordagem cautelosa, considerando as indicações específicas e as precauções necessárias para minimizar os riscos de efeitos adversos. A educação contínua e a atualização sobre os perfis de segurança dos AINEs são essenciais para a prática clínica segura e eficaz.