Efeitos do trauma doméstico na mortalidade infantil: Uma análise dos impactos na saúde pediátrica
Palavras-chave:
Mortalidade infantil, Trauma na infância, Experiências traumáticas na infânciaResumo
O trauma infantil, originado de acidentes domésticos, é um grave problema de saúde pública no Brasil, onde os acidentes de trânsito e afogamentos são as principais causas de mortalidade infantil. Anualmente, aproximadamente 4,7 mil crianças falecem e 125 mil são hospitalizadas por acidentes. Estes eventos são muitas vezes previsíveis e podem ser prevenidos. Os acidentes domésticos com crianças estão associados a fatores sociais e culturais como falta de conhecimento familiar, ausência de cultura preventiva, vigilância inadequada e ambientes inseguros. A revisão busca compilar dados sobre o trauma infantil para promover discussões que incentivem futuros estudos e políticas públicas voltadas para a proteção das crianças. A revisão bibliográfica foi realizada com base em dados de 2020 a 2024, usando termos como "Trauma infantil" e "Trauma infantil por queimaduras", e selecionando artigos completos e relevantes. Os resultados indicam que afogamentos são mais comuns entre crianças de um a cinco anos, com picos aos dois e quatro anos. O afogamento é a principal causa de morte entre crianças de cinco a quatorze anos e pode ocorrer rapidamente, até em pequenos volumes de água. Medidas preventivas incluem barreiras físicas em piscinas e vigilância rigorosa. Quedas e traumas locais são os tipos mais frequentes de acidentes em todas as idades, com predomínio entre os meninos e na faixa etária de 10 a 13 anos. Queimaduras também são uma causa significativa de morbidade e mortalidade, com líquidos aquecidos sendo a principal causa. Fatores como ausência de água encanada e baixa renda aumentam o risco de queimaduras. Em conclusão, a falta de vigilância familiar é um fator crítico nos traumas domésticos, frequentemente resultando de uma confiança excessiva na segurança.