Telemedicina em foco: Análise crítica das evidências científicas

Autores

  • Amanda Viana de Araújo e Araújo
  • Anna Clara Silva Fonseca
  • Ivan Kevin da Silva Garcia
  • Beatriz Oliveira Amaro
  • Wallex da Silva Guimarães

Palavras-chave:

Telemedicina, Assistência à saúde, Medicina

Resumo

Introdução: Devido a globalização e os avanços da internet têm transformado profundamente as interações sociais, exigindo a criação de novos paradigmas na comunicação, inclusive no campo da medicina. Nesse contexto, a telemedicina emergiu como uma ferramenta crucial no cenário global, caracterizando-se pelo emprego de tecnologias de informação e comunicação na prestação de serviços de saúde, particularmente em situações em que a distância se torna um obstáculo significativo para o cuidado adequado. Nesse contexto, a pandemia de COVID-19 intensificou a necessidade e a adoção da telemedicina, tornando-a uma alternativa indispensável para o atendimento de pacientes, sobretudo em momentos de restrições de mobilidade e de sobrecarga dos sistemas de saúde. No Brasil, onde a extensão territorial apresenta desafios consideráveis ao acesso à saúde, a telemedicina tem se mostrado vital para ampliar a cobertura e garantir que as populações mais vulneráveis possam receber atendimento adequado. Entretanto, para que o atendimento virtual seja eficaz, é imprescindível que os profissionais de saúde integrem a medicina baseada em evidências em suas práticas, assegurando que as decisões clínicas sejam fundamentadas em dados robustos e adaptadas às condições clínicas, sociais e econômicas de cada paciente. Dessa forma, a telemedicina pode não apenas facilitar o acesso, mas também garantir a qualidade do cuidado oferecido em um cenário cada vez mais digital e interconectado. Objetivo: Analisar as evidências científicas relacionadas à aplicação da telemedicina, com foco em compreender sua eficácia, benefícios e desafios no atendimento à saúde, especialmente em cenários onde a distância e a acessibilidade são fatores críticos. Metodologia: O estudo se caracterizou como qualitativo e exploratório no formato de revisão da literatura. Para o processo de sistematização das busca se considerou publicações referente aos últimos cinco anos (2019-2024), foram utilizadas as bases de dados: Scielo, Pubmed e BVS, utilizando os descritores: Telemedicina, Tecnologia da Informação, Assistência a saúde e Saúde Digital. Resultados/Discussão:  Nas buscas foram encontradas o total de 848 evidências, que após passarem pelo processo de triagem e avaliação de títulos resumos, a análise revelou que 35 se enquadravam para uma leitura minuciosa o que resultou na seleção de oito estudos como principais resultados e que se alinhavam com o objetivo proposto.  A telemedicina, surgida na década de 1960, evoluiu como uma prática que integra médicos e pacientes à distância. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) inicialmente limitava seu uso a metodologias interativas para assistência, educação e pesquisa em saúde. No entanto, em 2020, devido à pandemia de COVID-19, o CFM reconheceu a importância da telemedicina para a continuidade do atendimento, marcando um avanço significativo. Estudos ressaltam seus benefícios, como a redução do tempo de consulta, maior adesão ao tratamento, e melhorias na qualidade de vida dos pacientes, especialmente em intervenções como psicoterapia digital e teleconsulta. Embora a telemedicina tenha superado barreiras geográficas e financeiras, a necessidade de atendimento presencial permanece em casos que exigem avaliações mais detalhadas. Conclusão: Conclui-se que a tecnologia impacta profundamente a vida e a sociedade, oferecendo tanto benefícios quanto desafios. O uso responsável da tecnologia, fundamentado em regulamentações éticas e no acesso igualitário, é imprescindível para se assegurar a manutenção do cuidado à saúde. No entanto, a tecnologia por si só não resolve todos os problemas. Assim, a colaboração humana e a implementação de ações concretas na telemedicina são essenciais para garantir uma prestação de cuidados de saúde eficaz, abrangente e humanizado.

DOI: 10.56238/IIICongressMedicalNursing-009

Publicado

2024-08-27