A atuação dos profissionais da saúde na promoção do conhecimento de mulheres sobre o HPV e sua relação com o câncer do colo do útero

Autores

  • Amanda Viana de Araújo e Araújo
  • Anna Clara Silva Fonseca
  • Geovanna Resende de Moraes
  • Ivan Kevin da Silva Garcia
  • Beatriz Oliveira Amaro
  • Wallex da Silva Guimarães

Palavras-chave:

Papiloma Vírus Humano, Câncer do colo de útero, Educação em Saúde, Imunização

Resumo

Introdução: As infecções pelo Papilomavírus Humano (HPV) são um problema significativo de saúde pública, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento do câncer do colo do útero (CCU). Embora 80% a 90% das lesões precursoras regridam espontaneamente, a falta de conhecimento sobre a doença, a baixa adesão a imunização e a baixa adesão ao exame de Papanicolaou contribuem para a alta mortalidade, com o câncer do colo do útero sendo a terceira neoplasia mais comum entre mulheres no Brasil em 2023 com 17.010 novos casos estimados. Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo os genótipos 16 e 18 os mais oncogênicos e associados ao câncer. Apesar da importância da vacinação na prevenção, a adesão ainda é baixa, evidenciando a necessidade urgente de estratégias de conscientização e educação em saúde mais eficazes. : Analisar, por meio de uma revisão de literatura, a relevância dos profissionais da saúde na promoção a educação a saúde sobre o Papilomavírus Humano e sua associação com o desenvolvimento do câncer do colo do útero entre mulheres. Metodologia: O estudo se caracterizou como qualitativo e exploratório no formato de revisão da literatura. Para o processo de sistematização das buscas se considerou publicações referente aos últimos cinco anos (2019-2024), foram utilizadas as bases de dados: Scielo, BVS e Google Scholar, utilizando os descritores: Papilomavírus humano, HPV, Câncer de Colo de Útero, Educação em Saúde, Profissionais de saúde, Vacinação. Resultados/Discussão: Na busca por evidências sobre o câncer do colo do útero (CCU), foram identificados 200 estudos, dos quais 37 foram analisados em profundidade e 10 selecionados como principais resultados. Os principais desafios identificados incluem a falta de conhecimento e o medo do exame de Papanicolaou, a desinformação sobre a vacinação contra o HPV, e barreiras como tabus religiosos, ausência de exames preventivos e isolamento geográfico. Além disso, a falta de educação em saúde e a exclusão de vítimas de violência sexual do esquema de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HPV foram destacados. Em resposta, a atualização do esquema vacinal para uma dose única, conforme a Nota Técnica Conjunta N° 101 de 2024 - CGICI, inclui a vacinação para meninos e meninas de 9 a 14 anos, incluindo aqueles que sofreram violência sexual, e estende a vacina HPV4 para pessoas de 15 a 45 anos em uso de Profilaxia PrEP ao HIV. Profissionais de saúde na Atenção Primária à Saúde desempenham um papel crucial na educação sobre o HPV, na promoção da vacinação, na realização de exames preventivos e na identificação precoce de lesões precursoras, contribuindo para a redução da incidência e mortalidade do câncer do colo do útero. Conclusão: Conclui-se que a atuação dos profissionais da saúde, especialmente na Atenção Primária à Saúde, é fundamental para aumentar o conhecimento das mulheres sobre o HPV, combater a desinformação e esclarecer a relação deste vírus com o câncer do colo do útero. Através da educação em saúde, da promoção da vacinação e da realização de exames preventivos como o Papanicolaou, esses profissionais desempenham um papel crucial na prevenção e controle dessa neoplasia. Além disso, ao enfrentar barreiras sociais e comportamentais, eles contribuem significativamente para a redução da incidência e mortalidade do câncer do colo do útero, ressaltando a necessidade de fortalecer estratégias de prevenção e cuidados integrados em saúde.

DOI: 10.56238/IIICongressMedicalNursing-008

Publicado

2024-08-27