Variações disposicionais do agir e sentir positivo no trabalho e sua influência na saúde mental: O capital psicológico positivo quanto preditor do transtorno emocional comum e ideação suicida em médicos no Rio Grande do Norte

Autores

  • Nilton S. Formiga
  • Ionara Dantas Estevam
  • Andrea Cristina Fermiano Fidelis
  • Wanusia do Nascimento Costa Guimarães
  • Maria Aletsanda Pereira de Oliveira
  • Luandson Luis da Silva
  • Eduardo Sinedino de Oliveira
  • Gabriella Aguiar Pereira
  • Lotina Clara Rafael Burine

Palavras-chave:

Capital psicológico, Transtorno mental comum, Ideação suicida, Médicos

Resumo

Introdução: A saúde do trabalhador, mesmo não sendo um tema novo no que diz respeito a condição emocional laboral; tem observado, nos últimos cinco anos, que as mudanças econômicas e sociais no país têm chamado a atenção de profissionais de Recursos Humanos e pesquisadores para a crescente tendência de adoecimento mental no contexto da relação entre organização, trabalho, indivíduo e saúde mental. A busca por qualidade de vida no trabalho e saúde mental do trabalhador tornou-se uma recomendação não apenas dos departamentos de Recursos Humanos das organizações, mas também uma diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é tão grave que a OMS recomenda que empregadores e gestores adotem mais programas de promoção da saúde mental no local de trabalho, pois isso pode impactar diretamente a produtividade e os relacionamentos profissionais no ambiente de trabalho. Das muitas variáveis destinadas á avaliação da saúde mental no trabalho, o transtorno emocional comum e a ideação suicida, está entre principais causas-problemas de afastamento (e morte) em todo o mundo. Para isso, frente a um problema tão urgente de solução, uma das perspectivas teóricas da psicologia que abordam reflexões que se preocupam mais com eventos e intervenções inibidoras do que as diagnósticas, tem sido a Psicologia Positiva. Objetivo: pretende-se verificar a relação entre o capital psicológico positivo no trabalho, a saúde mental do trabalhador (especificamente, ansidasde, depressão e estresse e a ideação suicida) na área da saúde, exclusivamente o médico do Rio Grande do Norte/RN. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, exploratório e correlacional com enfoque quantitativo, contemplando 410 médicos no estado do Rio Grande do Norte-RN em distintas especialidades e com mais de um ano de formação na profissão. As escalas de ideação suicida, DASS-21 (ansiedade, depressão e estresse), escala de capital psicológico positivo no trabalho e dados sociodemográficos foram aplicadas aos médicos no Estado do Rio Grande do Norte – RN de forma individual, através de um formulário eletrônico hospedado no google.docs, hospedado no site do CRM-RN. Resultados: Observou-se que as escalas utilizadas apresentaram indicadores psicométricos confiáveis para amostra de médicos e que a hipótese de que o capital psicológico positivo no trabalho influenciava negativamente, o transtorno emocional comum (ansiedade, depressão e estresse) e a ideação suicida foi confirmada, bem como, na avaliação de frequências no nivel baixo, moderao e alto destes construtos, isto é, destacou-se qeu quanto maior o nivel de capital psicológico, menor o nivel de transtorno emocial comum e a ideação suicida. Conclusão: Com base nestes achados, é possivel afirmar que o capital psicológico positivo no trabalhor poderá ser um importante construto psicológico para o reconhecimento e manutenção da saúde mental dos trabalhadores, capaz de contribuir para o desenvolvimento psicológico laboral como fator de proteção para a saúde laboral.

DOI: 10.56238/IIICongressMedicalNursing-004

Publicado

2024-08-27