Perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma abdominal por arma de fogo e arma branca na Ceilândia em 2021

Autores

  • Rolando Gutierrez Rosales
  • Jandui Gomes de Abreu Filho
  • Asthon Carvalho Ribeiro Lopes
  • Gustavo Soares Mesquita
  • Mozart Borges de Paula
  • Bruno Bessa Andrade
  • Kenya Correa Rosa
  • Matheus Savindo Batista Sanches

Palavras-chave:

Trauma por arma de fogo, Trauma por arma branca, Epidemiologia, Ceilândia, Desfechos de trauma, Saúde Pública.

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico de pacientes vítimas de traumas por armas de fogo e armas brancas em Ceilândia, região do Distrito Federal, Brasil, no ano de 2021, identificando padrões que possam orientar estratégias preventivas e melhorar o atendimento ao paciente. Foi realizada uma análise retrospectiva dos pacientes atendidos no Instituto Regional de Ceilândia por traumas causados por armas de fogo (PAF) e armas brancas (PAB) ao longo de 2021. Os dados coletados incluíram a causa do trauma, desfechos clínicos, internações em UTI, distribuição dos episódios por turno e gênero dos pacientes. A análise estatística utilizou estatísticas descritivas e inferenciais para explorar as relações entre os tipos de trauma e os desfechos. O estudo incluiu 74 pacientes, sendo 46 casos (62,2%) de PAB e 28 casos (37,8%) de PAF. A maioria dos traumas ocorreu durante as primeiras horas da madrugada, com prevalência maior entre pacientes do sexo masculino (89,1% para PAB e 92,9% para PAF). As internações em UTI foram mais frequentes para as vítimas de PAF (17,9%) em comparação com PAB (4,4%). A maioria dos casos resultou em alta, mas a taxa de mortalidade foi maior entre as vítimas de PAF (17,9%) em comparação com PAB (4,4%). A predominância de lesões por armas brancas e as maiores taxas de internação em UTI e mortalidade para lesões por armas de fogo destacam a gravidade do trauma relacionado a armas de fogo. Os achados sugerem a necessidade de intervenções direcionadas para prevenir tais incidentes e melhorar a resposta de saúde em Ceilândia. Estudos futuros devem focar na implementação e avaliação de estratégias preventivas para reduzir a incidência e gravidade desses traumas.

DOI: https://doi.org/10.56238/IIEducationCongress-020

Publicado

2024-07-26