Milheto como forrageira e silagem na pecuária

Autores

  • Simone Tateishi
  • Werner Peter Marcon
  • Maria José Calegari
  • Beatriz Pereira Espadin
  • Emmanuel Zullo Godinho
  • Aluisia Budin Fodra
  • Caetano Dartiere Zulian Fermino
  • Inácio Zapparoli Bardini
  • Matheus Augusto Santos Antoniazzi

Palavras-chave:

Milheto, Nutrição animal, Pecuária.

Resumo

O presente resumo foi uma análise de artigos a respeito do uso de milheto na nutrição animal, seus custos de produção fixo e variável, e desenvolvimento como forrageira no centro-oeste paulista. Em estudos recentes, o milheto Pennisetum glaucum tem sido alternativa de destaque como forrageira para melhoria de solos degradados e com teor reduzido de matéria orgânica. Sua facilidade de plantio direto tem propagado seu uso por pecuaristas como potencial substituto do milho na pecuária como forrageira e na ração animal. A cultura do milheto é positiva devido ao seu baixo custo fixo sendo financeiramente mais viável por ter ciclo curto, maior adaptabilidade, boa germinação nas altas temperaturas do centro-oeste paulista, ter baixa exigência hídrica e maior resistência no período de seca, tornando-se excelente opção de plantio na entressafra (outono e inverno). Com raízes chegando a 3 metros, extrai facilmente nutrientes do solo, aumentando o acúmulo cálcio, potássio e nitrogênio na camada superior do solo, diminuindo a aplicação de insumos agrícola, o que reduz o custo final da produção. Enquanto silagem, não possui efeitos antinutricionais, como tanino, apesar de seu de total de proteína bruta e digestibilidade. Os nutrientes extraídos do solo permanecem na palha enquanto ela se decompõe, retornando ao solo; alta biomassa nas folhagens; alto teor nutricional das sementes; alta produção de sementes; adaptabilidade a diferentes níveis de fertilidade do solo; resistência a doenças e pragas; supressão de ervas daninhas por efeitos físicos; palhas mais duradouras. Devido ao exposto, o uso de milheto como silagem tem apresentado vantagens devido às multifuncionalidades de seu uso na pecuária. Embora seu teor energético metabolizável seja equivalente ao do milho e sorgo, sua baixa necessidade hídrica e de insumos agrícolas reduzem o custo total da produção, requerendo apenas planejamento no cultivo e fornecimento aos animais.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevenVImulti2024-062

Publicado

2024-07-10