Aspectos do complexo equinococose-hidatidose na saúde pública: Artigo de revisão

Autores

  • Camila Alves dos Santos
  • André Luiz Candido
  • Louise Haubert

Palavras-chave:

Zoonose, Parasita, Cestódeo.

Resumo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o complexo equinococose-hidatidose é uma das 17 Doenças Tropicais Negligenciadas nos humanos, causada por parasitas do gênero Echinococcus spp. De ocorrência mundial, prevalece em zonas rurais e regiões precárias, de baixas condições sanitárias e socioeconômicas, contribuindo para a evolução e subsistência de parasitoses. Dentre as espécies de Equinococcus, a espécie E. granulosus é a principal responsável pelos danos à saúde pública. No ciclo da equinococose-hidatidose, a forma adulta do parasita é encontrada no intestino delgado do hospedeiro definitivo (HD), gerando ovos que serão eliminados em conjunto com as fezes. A sintomatologia depende de fatores como: órgãos acometidos, dimensão do cisto, localização no tecido, complicações associadas à presença do cisto e infecções bacterianas. Os seres humanos são infectados devido às baixas condições sanitárias, ocorrendo a ingestão dos ovos do parasita na água e/ou alimentos contaminados com as fezes do HD. O diagnóstico da hidatidose inicia pelos precedentes epidemiológicos, seguido da suspeita devido aos sinais clínicos; confirmação por exames de imagem; identificação dos constituintes dos cistos e confirmação pela detecção dos anticorpos por meio de ELISA ou imunofluorescência indireta. Para o tratamento, podem ser utilizadas técnicas cirúrgicas em conjunto com o tratamento antiparasitário. Considerando que se trata de uma doença com possibilidade de recidiva, faz-se necessário a abordagem multifatorial, associando tratamento medicamentoso, cirúrgico e acompanhamento de longo prazo.

DOI: https://doi.org/10.56238/homeIVsevenhealth-064

Publicado

2024-06-20