Análise epidemiológica da hospitalização de idosos no Brasil no período entre 2019 e 2023

Autores

  • Emilly Reis de Albuquerque Moraes
  • Hândrya Karla Martins Gomes
  • Juliana Fontes Gondin Silva
  • Wilker Frainkyli Silva Mendonça
  • Layna Ravenna Batista de Lima
  • Bismarck Ascar Sauaia

Palavras-chave:

Análise epidemiológica, Idosos, Hospitalização, Brasil.

Resumo

No Brasil registrou-se um aumento da população idosa, em decorrência da queda das taxas de mortalidade. Associado ao processo de envelhecimento, há uma elevação do risco de desenvolver comorbidades, por isso, o sistema de saúde tem encontrado dificuldade em acompanhar a rápida transição demográfica e amparar essa parcela mais fragilizada da população. Este trabalho objetivou descrever os aspectos epidemiológicos da hospitalização de idosos no Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, com abordagem quantitativa, em que foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema Único de Saúde, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, referentes ao período de 2019 a 2023. Analisou-se as variáveis: caráter de atendimento, sexo, raça, motivo da internação, causa da morte e região com maior incidência. 16.779.162 idosos foram internados em unidades hospitalares: 78% (n= 16.069.729) foram admitidos em caráter de urgência. Desses indivíduos, 51% (n= 8.595.199) eram do sexo masculino e 41% (n= 6.892.500) eram brancos. Inicialmente, 21% (n= 3.485.803) foram internados por doenças relacionadas ao aparelho circulatório, mas a principal causa de morte, é a pneumonia, que tem relação com 7% (n= 1.195.048) desses pacientes, sendo mais incidente na região sudeste com 508.696 óbitos. As hospitalizações de idosos no Brasil tem tendência crescente, considerando características epidemiológicas, redução no número de investimentos públicos e fatores sociais são determinantes para essa variação. As principais doenças relacionadas são aquelas que acometem os sistemas cardiovascular e respiratório, representando quase metade dos óbitos dessa faixa etária. O aumento no número de internações demonstra a necessidade da formulação de políticas públicas para a melhora da qualidade de vida da população idosa.

DOI: https://doi.org/10.56238/homeIVsevenhealth-032

Publicado

2024-06-06