Selvagens vs Colonos: Os recursos semióticos presentes no conto fantástico Princesa Pocahontas que ilustram a princesa indígena imersa na cultura do colonizador
Palavras-chave:
Conto, Pocahontas, Ilustração, Colonização.Resumo
Este trabalho pretende estudar inicialmente a ancestralidade dos contos de fadas, teorizando a dimensão oral que uma narrativa contada de geração para geração pode atingir. Autores como Charles Perrault, La Fontaine, Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen compõem o círculo de notórios escritores que deram vida aos contos maravilhosos semeados entre castas por séculos. Junto à história narrada, a arte ilustrativa apresenta-se ao leitor como uma forma de, visualmente, materializar um conto, uma lenda, contribuindo para o discernimento de uma diegese que muitas vezes abraça uma perspectiva social, cultural e histórica bem significativa. O clássico Princesa Pocahontas, examinado neste trabalho, configura-se como um conto de fadas que aborda a temática da colonização norte-americana do século XVI. A partir de um olhar investigativo sobre os recursos semióticos presentes na obra ilustrada de Virginia Watson, este artigo propõe explorar a forma como as ilustrações de exemplares de luxo buscam representar a princesa indígena imersa na cultura de seu colonizador.