Perfil epidemiológico de acidentes de trabalho na região Nordeste de 2015-2023

Autores

  • Milena Maria Vieira
  • Camilla Vanessa Araújo Soares
  • André Luiz Pinto Fabricio Ribeiro
  • Cândida Virllene de Santana
  • Tiago César Costa da Silva
  • Gustavo Silva de Araújo
  • Rayssa Gomes Santos Palmeira
  • Luiz Felipe Nogueira de Figueiredo Lobo
  • Cleidilaine Ramos de Oliveira

Palavras-chave:

Acidentes de trabalho, Saúde pública, Saúde do trabalhador.

Resumo

Os acidentes laborais são um desafio à saúde pública e tem impacto socioeconômico. É possível evitar tais incidentes, contudo, há a necessidade de maior precisão nos registros e informações referentes aos casos ocorridos. Este estudo objetiva analisar o perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho na região do Nordeste do Brasil entre 2015 a 2023. Trata-se de um estudo ecológico, baseado em dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) registrados entre 2015 a 2023. Incluiu-se dados sobre acidentes de trabalho ocorridos no nordeste brasileiro, avaliando as seguintes variáveis: causas, faixa etária, sexo, estado do nordeste e situação de trabalho. O perfil do trabalhador mais afetado entre 2015 e 2023 revelou ser pardo (65,15%), homem (77,39%), entre 20 e 39 anos (54,42%), proveniente da Bahia (28,27%), que não teve acesso à comunicação de acidente de trabalho (41,67%), empregado registrado (32,35%). que teve como causa mais frequente as condições ambientais, mas que conseguiu se recuperar (35,73%). Os acidentes laborais no Brasil afetam predominantemente a população parda, correlacionada à sua representatividade demográfica. O sexo masculino e a faixa etária entre 20 a 39 anos, assumem ocupações de maior risco, sendo mais propensos a acidentes. Na Bahia, estado destacado, prevalecem os acidentes típicos. Ambiente e condições laborais são determinantes nos índices de acidentes, destacando a importância de modificações preventivas. Muitos trabalhadores não tiveram acesso à comunicação de acidente de trabalho, essencial para proteção e monitoramento. Trabalhadores informais podem ser subnotificados. Como desfecho, observa-se que a maioria dos indivíduos afetados conseguem se recuperar, mas no processo, os transtornos são gerados para o trabalhador e a cadeia produtiva. Assim, é fundamental implementar medidas preventivas e estratégias de gestão de acidentes laborais, além da atenção dos profissionais de saúde quanto às condições e riscos laborais para esses grupos.

DOI: 10.56238/sevenVmulti2024-149

Publicado

2024-04-18