Sustentabilidade e racismo ambiental: Intersecções na realidade brasileira
Palavras-chave:
Sustentabilidade, Racismo ambiental, Desenvolvimento sustentável.Resumo
A noção de sustentabilidade começou a se manifestar politicamente como resposta a uma crescente crise ambiental global há muito tempo e teve suas origens na conscientização da humanidade sobre os riscos apresentados por perigos ambientais globais, especialmente os resultantes das detonações nucleares e da chuva radioativa na década de 1950. E, central entre esses conceitos, estava a ideia de desenvolvimento sustentável, um termo que encapsula um conjunto de paradigmas destinados a utilizar recursos para atender às necessidades humanas enquanto considera o imperativo de preservação ambiental. No entanto, apesar da visão otimista, a realidade do desenvolvimento sustentável tem sido prejudicada por vários desafios, incluindo o racismo ambiental. A emergência do racismo ambiental, um fenômeno em que políticas e práticas ambientais afetam desproporcionalmente indivíduos ou comunidades com base na raça, intersecta-se com a busca da sustentabilidade. Assim, este trabalho, com o objetivo de contribuir para a resolução dessas questões, atuando como complemento aos estudos de mestrado e doutorado dos autores, propõe uma resposta não exaustiva à seguinte pergunta: quais são as interseções entre o racismo ambiental e a sustentabilidade no Brasil? Para responder a essa pergunta, os conceitos de sustentabilidade, com foco no desenvolvimento sustentável, e racismo ambiental foram analisados, a fim de propor quais são as conexões entre ambos. À medida que esta pesquisa se desenrola, ela visa contribuir para o diálogo em curso e os esforços para criar um futuro mais sustentável e equitativo. Dito isso, a presente pesquisa não teve como objetivo esgotar o tema. A metodologia utilizada neste artigo foi a indutiva, por meio da coleta de base bibliográfica sobre o assunto.
