O TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR E A SINGULARIDADE DO SUJEITO: REFLEXÕES A PARTIR DA PSICANÁLISE
DOI:
https://doi.org/10.56238/Palavras-chave:
Comportamento, Conflito psíquico, Psicanálise, Subjetividade, Transtorno Opositivo DesafiadorResumo
Introdução: O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é caracterizado por um padrão persistente de comportamentos negativistas, desafiadores e hostis, geralmente dirigido a figuras de autoridade, como pais, professores ou cuidadores. Na psicanalítica, esse quadro não é visto somente como sintomas a serem controlados, mas como manifestação subjetiva que expressa conflitos inconscientes, dinâmicas familiares e modos de funcionamento psíquico em formação. Objetivo: Analisar o Transtorno Opositivo Desafiador a partir da perspectiva psicanalítica, considerando seus aspectos subjetivos e inconscientes. Método: Foi realizada abordagem qualitativa, desenvolvido por meio de pesquisa narrativa, com a busca de fontes em sites oficiais, como Scientific Electronic Library Online (Scielo), Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), envolvendo o período de 2020 a 2025. Resultados: Foram selecionados e analisados 14 estudos empíricos que abordaram o TOD, sendo discutida a perspectiva psicanalítica. Os estudos revelam associações robustas entre sintomas externalizantes e piores desfechos em saúde, escolaridade e inclusão social, assim como o papel central das dinâmicas familiares nestes processos. Assim, foi destacado a importância da subjetividade, das relações primárias e da escuta qualificada do sujeito. Conclusões: À luz da psicanálise, o TOD deve ser compreendido em sua complexidade, não como um distúrbio isolado, mas como um sintoma que carrega história e sentido a serem escutados e elaborados.