DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS DOENÇAS AUTOIMUNES: DESAFIOS E AVANÇOS NA PRÁTICA CLÍNICA
Palavras-chave:
Doenças Autoimunes, Diagnóstico, ManejoResumo
Introdução: O diagnóstico e manejo das doenças autoimunes representam um grande desafio na prática clínica, devido à complexidade desses distúrbios e à ampla variedade de suas apresentações clínicas. As doenças autoimunes ocorrem quando o sistema imunológico ataca erroneamente tecidos e órgãos saudáveis do próprio corpo, causando inflamação crônica e danos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar a progressão da doença, prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, devido à heterogeneidade das manifestações clínicas e à falta de biomarcadores específicos, o diagnóstico pode ser demorado e muitas vezes equivocado, o que dificulta o manejo eficaz dessas condições. Embora os avanços nas terapias imunossupressoras e biológicas tenham proporcionado benefícios consideráveis, os riscos de efeitos adversos e a necessidade de monitoramento contínuo tornam o manejo um grande desafio para os profissionais de saúde. Objetivo: Analisar os avanços e desafios no diagnóstico e manejo das doenças autoimunes, destacando os benefícios e riscos associados às novas terapias, as dificuldades no diagnóstico precoce e a importância da abordagem individualizada no tratamento. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases PubMed, Scopus e Google Scholar utilizando os termos “autoimmune diseases”, “diagnosis”, “treatment”, “immunosuppressive therapy”, “biomarkers” e “clinical management”. De 300 artigos encontrados, 10 foram selecionados com base em critérios de relevância, qualidade metodológica e foco nas abordagens diagnósticas e terapêuticas. A análise abordou os principais métodos diagnósticos, os avanços nas opções de tratamento e os desafios enfrentados no manejo das doenças autoimunes. Resultados e Discussão: O diagnóstico das doenças autoimunes continua a ser um dos maiores desafios clínicos, pois muitas dessas condições possuem sintomas semelhantes aos de outras doenças, dificultando a identificação precoce. Testes laboratoriais, como a detecção de autoanticorpos, têm sido amplamente utilizados, mas nem sempre fornecem resultados definitivos, uma vez que podem ser positivos em doenças não autoimunes ou ausentes em casos de doenças autoimunes. Além disso, a falta de biomarcadores específicos para muitas doenças autoimunes torna o diagnóstico um processo baseado na exclusão e na avaliação clínica cuidadosa. Conclusão: O diagnóstico e manejo das doenças autoimunes são desafiadores devido à complexidade e à diversidade das condições, mas os avanços no desenvolvimento de novas terapias e na compreensão das causas subjacentes dessas doenças têm proporcionado grandes benefícios para os pacientes. No entanto, o tratamento deve ser cuidadosamente planejado e monitorado, levando em conta os potenciais efeitos adversos das terapias imunossupressoras e biológicas. A colaboração interdisciplinar e a abordagem individualizada são fundamentais para otimizar os resultados e garantir a segurança e a qualidade de vida dos pacientes.