O ABUSO DE PSICOTRÓPICOS E O USO INDEVIDO DE ANTIBIÓTICOS NAS COMUNIDADES INDÍGENAS: DESAFIOS PARA A SAÚDE E A AUTOSSUSTENTAÇÃO

Resumo

Introdução: O abuso de psicotrópicos e o uso indevido de antibióticos nas comunidades indígenas apresentam desafios consideráveis para a saúde pública, complicando a abordagem das doenças e a promoção de práticas de saúde sustentáveis. O consumo excessivo de substâncias psicotrópicas e a automedicação com antibióticos podem agravar condições de saúde já existentes, como distúrbios mentais e infecções, e aumentar o risco de complicações graves, incluindo resistência bacteriana e deterioração da saúde mental. A escassez de informações adequadas, o acesso limitado a serviços de saúde e barreiras socioculturais contribuem para a perpetuação desses problemas. Objetivo: Analisar os impactos do abuso de psicotrópicos e do uso indevido de antibióticos nas comunidades indígenas, destacando os desafios para a saúde pública e para a autossustentação. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases PubMed, Scopus e Google Scholar, utilizando os termos "abuso de psicotrópicos", "uso indevido de antibióticos", "comunidades indígenas", "saúde indígena", "autossustentação" e "educação em saúde". De 250 artigos encontrados, 8 foram selecionados com base em critérios de relevância e qualidade metodológica. A análise focou-se nas práticas de automedicação, nas consequências do abuso de psicotrópicos e antibióticos, nas barreiras de acesso a cuidados médicos e nas intervenções necessárias para mitigar os riscos associados a essas práticas. Resultados e Discussão: O abuso de psicotrópicos e o uso indevido de antibióticos nas comunidades indígenas apresentam múltiplos desafios. A automedicação com antibióticos tem causado um aumento significativo na resistência bacteriana, tornando o tratamento de infecções cada vez mais difícil e menos eficaz. Por outro lado, o abuso de psicotrópicos está associado a transtornos psiquiátricos agravados, como depressão, ansiedade e psicose, prejudicando a adesão a tratamentos e o bem-estar geral da população. Conclusão: O abuso de psicotrópicos e o uso indevido de antibióticos nas comunidades indígenas exigem uma abordagem multifacetada e interdisciplinar, que envolva profissionais de saúde, líderes comunitários e educadores. A promoção de uma educação em saúde que respeite as particularidades culturais e as necessidades locais é essencial para reduzir o abuso de substâncias e melhorar a adesão aos tratamentos adequados. A implementação de estratégias eficazes de prevenção e o fortalecimento do acesso aos serviços de saúde são fundamentais para garantir a autossustentação e o bem-estar das comunidades indígenas.