DISTRIBUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR TRAUMATISMO INTRACRANIANO (TCE) NOS ESTADOS NORDESTINOS: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA ENTRE 2014 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.56238/rbmev3n1-001Palavras-chave:
Epidemiologia, Morbidade, Regiões do Brasil, Saúde Pública, Traumatismos CraniocerebraisResumo
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é caracterizado por alterações neurológicas que variam em gravidade. É uma das principais causas de mortalidade associada a lesões cerebrais, e por isso, uma importante questão de saúde pública. Objetivo: Analisar as internações por TCE nos estados do Nordeste do Brasil entre 2014 e 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico transversal, descritivo e quantitativo, baseado em dados do DATASUS extraídos pelo TABNET em outubro de 2024. Foram analisadas variáveis como sexo, faixa etária, raça/cor e mortalidade. Resultados: Foi observado que Bahia (67.931), Ceará (65.740) e Pernambuco (44.249) lideram em número de internações, enquanto Alagoas (9.053) e Sergipe (7.886) registraram os menores números, com flutuações anuais. Maranhão (40.012) e Piauí (22.215) apresentaram crescimento nos últimos anos. Homens adultos jovens (18 a 59 anos) foram predominantes, representando mais de 80% dos casos, com destaque para a população parda (41.764 casos). Acidentes de trânsito, especialmente envolvendo motociclistas, foram a principal causa, agravada pela falta de regulamentação, ausência de equipamentos de segurança e consumo de álcool. Discussão: Os resultados sugerem relação entre desigualdade socioeconômica e alta incidência de TCE, além de subnotificação nos dados. A pandemia de COVID-19 pode ter impactado os registros de 2020. Conclusão: Apesar das limitações, o estudo reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e melhorias na infraestrutura de saúde para reduzir os casos e a mortalidade associada ao TCE.