VIOLÊNCIA EM SILÊNCIO: EVOLUÇÃO TEMPORAL DA DÉCADA DE MUDANÇAS NOS COMPORTAMENTOS DE ADOLESCENTES NAS ESCOLAS DE FORTALEZA (2009–2019)

Autores

  • José Helder Diniz Junior
  • Denilson de Queiroz Cerdeira
  • Ivanise Freitas da Silva
  • Maria Aldeisa Gadelha
  • Aaron Macena da Silva
  • Raimunda Hermelinda Maia Macena

DOI:

https://doi.org/10.56238/rcsv15n6-001

Palavras-chave:

Violência escolar, Saúde pública, Comportamento de risco, Políticas públicas

Resumo

Este estudo analisa a evolução temporal de indicadores de comportamento violento e exposição à violência entre adolescentes escolares de Fortaleza, no período de 2009 a 2019, com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Com abordagem quantitativa, descritiva e retrospectiva, foram investigados os seguintes indicadores: envolvimento em brigas físicas, brigas com armas, violência sexual (assédio) e relação sexual forçada. Em 2009, 13,4% dos adolescentes de Fortaleza relataram envolvimento em brigas físicas, índice que aumentou para 22,7% em 2012 e, posteriormente, caiu para 12,7% em 2019, evidenciando uma redução de 46,6% nos últimos quatro anos analisados. Brigas com armas apresentaram um crescimento inicial de 6,3% em 2009 para 7,9% em 2012, seguido por uma queda para 4,8% em 2019, totalizando uma redução de 28,4% em relação ao pico. A violência sexual, mensurada a partir de 2012, apresentou crescimento de 12,3% para 14,6% em 2019, enquanto os relatos de relação sexual forçada permaneceram relativamente estáveis: 5,9% em 2012, 6,5% em 2015 e 6,3% em 2019. Os dados revelam progressos na redução da violência física, mas também a persistência de formas graves de violência sexual. As análises estatísticas indicaram mudanças significativas (p<0,05) em diversos indicadores ao longo da década. Os resultados reforçam a importância de políticas públicas integradas, como o Programa Saúde na Escola (PSE), para promover ambientes escolares seguros e prevenir comportamentos de risco entre adolescentes.

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Publicado

2025-06-18