PROCRASTINAÇÃO EM ADULTOS COM TDAH
DOI:
https://doi.org/10.56238/rcsv15n3-005Palavras-chave:
Procrastinação, TDAH, AdultosResumo
Este artigo aborda a relação entre a procrastinação e o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em adultos, explorando fatores neurobiológicos, cognitivos e emocionais subjacentes. Utilizando uma revisão narrativa da literatura, o trabalho analisa como déficits nas funções executivas, dificuldades na regulação emocional e padrões de recompensa alterados contribuem para a procrastinação nessa população. A procrastinação em adultos com TDAH não é um sintoma formal do transtorno, mas está fortemente associada a ele, sendo influenciada por dificuldades no planejamento, organização, controle de impulsos e gestão do tempo. Dificuldades com a percepção temporal e a busca por gratificação imediata, comuns em indivíduos com TDAH, aumentam a probabilidade de adiamento de tarefas. Além disso, fatores emocionais, como ansiedade, perfeccionismo e pensamentos automáticos evitativo, intensificam esse comportamento. Os impactos da procrastinação vão além do indivíduo, afetando sua vida acadêmica, profissional e social, aumentando o risco de comorbidades, como depressão e ansiedade. No que se refere ao tratamento, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) se mostra a abordagem mais eficaz, promovendo mudanças na percepção e no comportamento procrastinatório por meio da reestruturação cognitiva e do desenvolvimento de estratégias de enfrentamento. A TCC online surge como uma alternativa promissora para aumentar a acessibilidade ao tratamento. Conclui-se que a procrastinação em adultos com TDAH é um fenômeno que envolve diversos elementos, exigindo abordagens terapêuticas específicas para mitigar seus impactos negativos e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Sistemática

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.