Consequências da violência psicológica intrafamiliar na escola

Autores

  • Ivanete Maria Silva Alves
  • Carla Waleska Gomes de Araujo
  • Maria de Lourdes Pessoa Alves
  • Joselito Araújo Silva
  • Aracy Félix Silva

DOI:

https://doi.org/10.56238/rcsv14n3-017

Palavras-chave:

Adolescente, Crianças, Violência, Violência psicológica, Escola, Aprender a Proteger

Resumo

Após a edição da Lei 13.431/2017, os educadores têm um papel crucial em situações envolvendo violência contra crianças ou adolescentes em fases processuais. A lei busca resguardar os menores de sofrerem violência psicológica ou revitimização, enfatizando a responsabilização do agressor e coordenando o processo de atendimento às vítimas entre as instituições de proteção e o sistema judiciário. No entanto, essa abordagem parece representar uma 'juridicialização' do atendimento, onde os educadores ganham maior protagonismo na fase processual, mas enfrentam desafios éticos e morais na condução das escutas e depoimentos das crianças e adolescentes. Além disso, as consequências da violência psicológica intrafamiliar podem se manifestar na escola, afetando o desempenho acadêmico e o bem-estar emocional dos alunos. Nesse contexto, iniciativas como o aplicativo "Aprender a Proteger", lançado pelo estado de Alagoas, ganham relevância ao fornecer orientações e recursos para os educadores combaterem a violência infantil. Essa ferramenta pode capacitar os educadores a identificar sinais de abuso, fornecer apoio adequado aos alunos e colaborar com as autoridades competentes para proteger as vítimas.

 

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Publicado

2024-07-15

Como Citar

Alves, I. M. S., de Araujo, C. W. G., Alves, M. de L. P., Silva, J. A., & Silva, A. F. (2024). Consequências da violência psicológica intrafamiliar na escola. Revista Sistemática, 14(3), 680–687. https://doi.org/10.56238/rcsv14n3-017