ÍNDICE DE ESTRESSE HÍDRICO EM HÍBRIDOS DE MILHO EM ESTÁDIO INICIAL DE CRESCIMENTO SOB VARIAÇÃO HÍDRICA

Resumo

A estiagem causa alterações morfológicas no milho, especialmente durante a fase inicial de seu desenvolvimento. Este estudo teve como objetivo avaliar a sensibilidade de diferentes híbridos de milho ao estresse hídrico, utilizando o Índice de Estresse Hídrico da Cultura (IEHC) e termômetro infravermelho para monitorar o status hídrico das plantas nos estádios iniciais de desenvolvimento. Foram testadas as cultivares de milho B2620 PWU, AG8701 PRO 4, P3808 VYHR e DKB360 PRO 3, submetidas a um delineamento experimental em blocos ao acaso (DBC), em esquema fatorial 4 x 2 x 5, com 4 repetições. O estudo considerou 4 híbridos de milho, 2 níveis de reposição hídrica (100% e 50% da evapotranspiração da cultura) e 5 épocas de avaliação (15, 22, 29, 36 e 43 dias após a emergência - DAE). As linhas de base inferior (LBL) e superior (UBL) para o cálculo do IEHC foram determinadas pelas menores e maiores temperaturas do ar registradas ao longo do ciclo da cultura. Os dados foram submetidos a análise de variância e, quando significativos, os dados qualitativos foram analisados por teste de Tukey a p<0,05 e os quantitativos por regressão múltipla. Os resultados indicaram que o híbrido DKB360 PRO 3 apresentou o menor índice de estresse hídrico, demonstrando maior resistência à escassez de água. Em contraste, o híbrido P3808 VYHR foi mais sensível ao estresse hídrico, com maior área foliar. A maior intensidade de estresse hídrico foi observada aos 22 dias após a emergência, o que reforçou a importância da arquitetura foliar na adaptação das plantas ao estresse hídrico e sua influência na sobrevivência durante períodos de seca. O índice de estresse hídrico da cultura deve ser usado com ponderação na escolha de variedades resistentes, sendo melhor indicado para monitoramento do status hídrico da planta.