Educação e (re)existência indígena através da escrita de si - por uma pedagogia das sensibilidades: Diálogo entre Paulo Freire e Maria Amélia Pinho Pereira
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevmjv3n3-020Palavras-chave:
Pensamento decolonial, Resistências indígenas, Diversidades de saberes, Educação da SensibilidadeResumo
A partir do pensamento decolonial originado nos fins do século XX, será problematizada a importância das práticas de resistência indígenas promovidas a partir da “tomada da palavra”, termo cunhado pelo filósofo Michel de Certeau, e apropriado nesta pesquisa para nos referirmos ao desenvolvimento de pesquisas e produções literárias realizadas por pesquisadores e escritores indígenas a fim de confrontar e ressignificar as narrativas colonizatórias sobre estes povos, acenando como estas produções contribuem para pensarmos uma educação decolonial, a exemplo do modelo escolar proposto pela pedagoga Maria A. P. Pereira e sua Educação da Sensibilidade. Entende-se, a partir de Catherine Walsh, Paulo Freire, Márcia Kambeba, Daniel Munduruku e Albert Memmi, que o colonizador encontra no saber científico-intelectual dispositivos de saber-poder que alicerçam estruturas opressoras eurocêntricas para justificar a exploração, a violência, a desigualdade, a inferiorização e a discriminação, bases que ainda exercem forte influência nos diversos setores da sociedade contemporânea. Identifica-se nas contribuições dos pesquisadores supracitados que um modelo educacional crítico ao cientificismo e a hierarquização do saber é possível a partir de uma práxis educativa e que dialogue com as diversidades de saberes e culturas, onde a educação seja libertadora, promovendo a superação à dicotomia do opressor-oprimido como propõe Freire, e é aplicada na Educação da Sensibilidade promovida pela pedagoga Maria A. P. Pereira.
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