Fratura coronária com inserção do fragmento no lábio inferior: Relato de caso

Autores

  • Ingredy Ribeiro dos Santos Silva
  • Lucas Porfírio Fernandes Zinis
  • Beatriz Batista Lau
  • Ana Clara de Oliveira
  • Keronlay Fuscaldi Machado
  • Nicolle Jordaim Guimarães
  • Larissa de Oliveira Reis
  • Francielle Silvestre Verner
  • Rose Mara Ortega

Palavras-chave:

Mucosa bucal, Reação de corpo estranho, Traumatismo dentário.

Resumo

INTRODUÇÃO: A presença de corpo estranho (qualquer objeto ou estrutura que esteja fora de seu local ideal) deve ser considerada em qualquer ferimento na região de cabeça e pescoço. Corpos estranhos podem permanecer adormecidos nos tecidos moles por anos sem causar danos, no entanto, sua presença pode induzir uma reação inflamatória aguda ou crônica complexa do tipo corpo estranho, que resulta em sintomatologia para o paciente. Para um correto diagnóstico e plano de tratamento, faz-se necessário um exame clínico detalhado, aliado a exames de imagem. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso clínico de inclusão acidental de fragmentos de resina composta na mucosa labial inferior e a conduta adotada para o caso. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, que possuía restauração classe IV no elemento 21, sofreu queda da própria altura, resultando na fratura da restauração e inserção de fragmentos de resina composta em mucosa labial inferior. O caso foi tratado por cirurgia conservadora visando manutenção da estética labial. O exame histopatológico revelou tecido conjuntivo fibroso vascularizado e material amorfo associado à presença de linfócitos epitelióides, confirmando a hipótese diagnóstica de presença de corpo estranho. Após três meses da realização da cirurgia nova radiografia extrabucal de mucosa labial inferior revelou ainda a presença de fragmentos de resina composta no tecido. A paciente foi esclarecida que nova cirurgia deverá ser realizada para remoção dos fragmentos restantes. CONCLUSÃO: Exame clínico detalhado associado aos exames de imagens são essenciais para o diagnóstico correto. A remoção cirúrgica, embora muitas vezes desafiadora, é indicada com o objetivo de evitar complicações futuras. A análise histopatológica do material removido deve sempre ser realizada como parte da condução dos casos.

DOI: https://doi.org/10.56238/homeIVsevenhealth-024

Publicado

2024-06-05