Resumo
Este estudo apresenta uma revisão abrangente sobre a incontinência urinária geriátrica, abordando seus subtipos, epidemiologia, biopatologia, causas em idosos, considerações transitórias, incontinência urinária funcional, manifestações clínicas, diagnóstico e opções de tratamento. A pesquisa, realizada de novembro de 2023 a fevereiro de 2024, utilizou uma abordagem sistemática em bases de dados biomédicas, incluindo PubMed, Scopus e Google Scholar. Termos de busca relevantes foram aplicados, como "incontinência urinária geriátrica", "incontinência por urgência", "incontinência de esforço", entre outros. Não houve restrição de idioma ou data de publicação na seleção dos estudos. A revisão bibliográfica destaca que a incontinência urinária, caracterizada pelo extravasamento involuntário de urina, afeta predominantemente mulheres e aumenta com a idade. Estima-se que até um terço dos idosos na comunidade e metade dos pacientes hospitalizados sofrem de incontinência transitória. Os custos associados nos EUA ultrapassam US$ 83 bilhões anualmente. Além dos impactos financeiros, a incontinência pode levar a complicações físicas graves e impactos emocionais, como vergonha e isolamento social. A biopatologia da incontinência urinária em idosos envolve mudanças no músculo detrusor, alterações uretrais e obstrução prostática em homens, além de fatores neurológicos. A hiperatividade do músculo detrusor é a causa mais comum, seguida pela incontinência urinária de esforço e obstrução uretral em homens. A incontinência urinária funcional, associada a déficits de cognição e mobilidade, é outro tipo relevante. O diagnóstico envolve avaliação clínica, diário miccional e, em alguns casos, avaliação urodinâmica para casos complexos. O tratamento abrange terapia comportamental, farmacoterapia e procedimentos cirúrgicos. A terapia comportamental, incluindo reeducação do hábito miccional e exercícios do assoalho pélvico, é uma abordagem essencial. Os medicamentos, como anticolinérgicos e mirabegrona, são modestamente eficazes, mas podem ter efeitos colaterais, especialmente em idosos. Procedimentos cirúrgicos, como sling uretral e neuromodulação, são opções para casos graves ou refratários. Esta revisão destaca a importância da compreensão abrangente da incontinência urinária geriátrica, não apenas pela prevalência e impactos sociais, mas também pela variedade de causas e opções de tratamento disponíveis. Direções futuras para pesquisa incluem investigações mais aprofundadas sobre a eficácia e segurança das terapias existentes, especialmente em populações idosas.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.010-004