VÍNCULOS DE CUIDADO: EXPLORANDO A REDE DE SUPORTE SOCIAL ENTRE MÃES DE CRIANÇAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA
Palavras-chave:
Suporte Social, Mães, Crianças, Hospitalização, UTI PediátricaResumo
Introdução: A hospitalização infantil, independente das causas e eventos antecedentes que culminaram sua necessidade, é permeado de sentimentos ambíguos e difusos e quando uma criança é submetida a uma internação pediátrica, todo seu sistema familiar adoece junto. Sendo a UTI um dos ambientes mais complexos e impactantes, faz-se necessário que esse familiar-cuidador, utilize estratégias de enfrentamento, para minimizar o impacto do momento vivenciado. Por vezes, esse é um papel exclusivamente realizado por mães, logo, a rede de suporte social torna-se um facilitador do processo. Objetivo: Compreender a rede de suporte social, formada entre mães de crianças hospitalizadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa com análise de discurso aberto, desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), de um hospital de ensino materno infantil de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Foram convidadas dez mães de crianças hospitalizadas na UTIP. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico e entrevista qualitativa. Resultados: Os resultados demonstraram que a média de idade das mães era de 33,5 anos (± 7,31) e dos filhos 48,9 meses (± 55,75), o equivalente a pouco mais de quatro anos de idade. Foi possível observar que todas as participantes possuíam familiares e amigos que contribuíam no suporte de atividades diárias, para que elas pudessem permanecer à beira-leito, elencando alguns deles como sua rede de apoio oriundo da família nuclear e/ou extensa. No que concerne a rede de apoio formada entre as mães da UTIP, a maioria trouxe em seu discurso a importância do suporte recebido, principalmente no início da internação, sendo um mecanismo de enfrentamento de sofrimento essencial durante o processo, podendo retribuir com o passar dos dias consecutivos no setor, para as mães recém-admitidas, gerando um ciclo de cuidado mútuo e solidariedade. Foram elencados aspectos positivos e negativos do convívio, demonstrando que cada acompanhante vivencia a hospitalização de forma única, levando em consideração suas subjetividades, porém, frente ao panorama geral observado, todas as mães sentiram-se acolhidas e pertencentes ao grupo, possibilitando uma melhor compreensão do contexto hospitalar vivenciado.
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