ANÁLISE GC-MS E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Ocotea catharinesis MEZ (LAURACEAE)

Autores

  • Danyelle Gomes de Sousa
  • Yasmin Macedo de Sousa
  • Kelry de Souza Fechine Andrade
  • Josefa Carolaine Pereira da Silva
  • Priscilla Augusta de S. Fernandes
  • Maria Flaviana B. Morais-Braga
  • Wanderlei do Amaral
  • Cícero Deschamps
  • Camila Confortin
  • Luiz Everson da Silva
  • Henrique Douglas Melo Coutinho
  • Aracelio Viana Colares

Palavras-chave:

Óleo essencial, Análise Química, Antimicrobiano

Resumo

O uso de plantas para tratar e prevenir doenças é uma prática ancestral da humanidade. Nos últimos anos, a resistência dos microrganismos a antibióticos tem gerado um interesse crescente na pesquisa de alternativas terapêuticas, incluindo os compostos químicos presentes em óleos essenciais. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito antibacteriano e antifúngico do óleo essencial de Ocotea catharinesis (EOOc) e identificar seus principais compostos.  A extração do óleo essencial foi feita por hidrodestilação por 4,5 horas, utilizando 50g de folhas secas. Para identificar os componentes químicos, usou-se cromatografia em fase gasosa com espectrometria de massas. Para os testes microbiológicos as cepas testadas incluíram Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans e Candida tropicalis. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi determinada pelo método de microdiluição. O óleo essencial foi testado como modulador da resistência a antibióticos, usando a gentamicina, penicilina e norfloxacino como referências para antibacterianos e fluconazol para fungos, com ou sem a presença do óleo. A análise do óleo revelou dois compostos principais: alfa pineno (13,9%) e limoneno (13,4%). O alfa pineno, um terpenóide, pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo, atuando como um antioxidante. O EOOc mostrou resistência contra as bactérias E. coli e P. aeruginosa, com valores iguais ou superiores a 1024 µg/mL, evidenciando que bactérias gram-negativas são mais resistentes. Com o antibiótico penicilina, o EOOc apresentou resultados semelhantes, também por causa de proteínas receptoras. Testes com Norfloxacina e Gentamicina mostraram valores de 512 µg/mL, sem potencial sinérgico com os antibióticos. Foi observado que contra as cepas de Candida tropicalis, o EOOc apresentou efeito modulador com concentração menor do que a droga testada. Os resultados indicam que o óleo essencial da Ocotea catharinesis Mez pode ter um efeito antifúngico contra as cepas de Candida tropicalis.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.018-046 

Publicado

2025-05-23

Como Citar

ANÁLISE GC-MS E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Ocotea catharinesis MEZ (LAURACEAE). (2025). Seven Editora, 754-766. https://sevenpublicacoes.com.br/editora/article/view/7198