AVALIAÇÃO DO AMBIENTE TÉRMICO DE CRIAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS EM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE A PASTO

Resumo

A produção de leite a pasto está submetida a diversos desafios, sendo um deles, o ambiente térmico ao qual as vacas são submetidas, podendo ser fator determinante na quantidade e qualidade de leite produzido. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o ambiente térmico de criação de vacas holandesas, produzindo leite a pasto, analisando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) e a Frequência respiratória (FR).  Durante os meses experimentais, foi observado Tmax (ºC) de 40º, caracterizando valor elevado no quesito térmico para vacas leiteiras. Quanto ao ITU, observou-se valor médio de 72, considerando o ambiente térmico de criação como confortável para as vacas. Durante o período experimental, as vacas leiteiras encontraram-se, na maior parte do tempo, em condições de estresse térmico brando a moderado, uma vez que os valores de ITU e FR observados, ao serem comparados com os da literatura consultada, sugerem tal situação. Mas ao considerar a UR durante o período de avaliação, percebeu-se diversos picos, entre 80 e 90, que alertam que alguns dias pode ter havido uma umidade excessiva coincidindo com uma temperatura mais elevada, gerando estresse térmico pois os mecanismos latentes de dissipação de calor, como a sudação e evaporação, não são eficientes, o que pode ser compreendido pelos valores de FR observados, em sua maioria, acima do valor considerado normal, portanto FR presente no gráfico em altos picos de 80 a 100 mov.min^-1, sendo este intervalo classificado por alto estresse térmico. Diante do exposto, é necessário adotar estratégias para mitigar o estresse térmico das vacas, principalmente as de alta produção, uma vez que há influência direta entre elevação de FR e redução na produção de leite.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.011-066