Resumo
O amoníaco não ionizado ou livre é a substância azotada mais tóxica no ambiente aquático e a ausência de informação sobre o mesmo provoca uma deficiência na avaliação da qualidade da água. Essa foi a lacuna que norteou esta pesquisa, uma vez que a geração e o descarte desses dados podem auxiliar na gestão integrada ou não integrada da qualidade da água do Igarapé Paragominas. O objetivo é identificar a presença ou ausência no trecho urbano, caracterizar a origem antrópica e verificar se três parâmetros associados à qualidade da água atuam ou não sobre a amônia não ionizada ou livre. O método utilizado foi hipotético-dedutivo com abrangência quantitativa e qualitativa de natureza observacional. Os dados obtidos e analisados indicaram que, nas cinco áreas analisadas, foi indicada a ocorrência de amônia não ionizada ou livre. Indicaram ainda que, em áreas onde a aglomeração populacional é menor, a concentração desse gás, em mg/L, também é menor (A1, 0,13 ± 0,04) e, proporcionalmente, à menor quantidade de efluentes que entram na área de amostragem; à medida que este aglomerado cresce, cresce também a concentração (A2, 0,26 ± 0,04; A3, 0,37 ± 0,17; A4, 0,81 ± 0,44), dependendo da ocorrência inversa; a temperatura da água apresentou tendência crescente (A4, 26,75 ± 0,92); a concentração de OD em mg/L foi mais efetiva em A2 (2,27 ± 0,81), em oposição à identificada em E5 (1,50 ± 0,36). Por fim, observou-se que o crescimento da aglomeração populacional ocorreu em A2, A3 e A4, associado à deficiência de saneamento básico, os três parâmetros componentes da qualidade da água, atuam direta e indiretamente, na concentração de amônia não ionizada ou livre, o que causa problemas ao córrego Paragominas e à falta de informação sobre isso, determina uma gestão ineficiente quanto à qualidade da água neste afluente, na margem direita, do rio Uraim.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.011-026