Resumo
A cada ano o Brasil avança na produção de bovinos, enfrentando desafios que acarretam prejuízos econômicos, dentre eles, as doenças. Esse capítulo tem como objetivo, abordar os aspectos gerais sobre brucelose, com foco na prevenção e controle. A brucelose é uma infecção bacteriana, causada por bactérias do gênero Brucellas spp., de evolução crônica, que tem como principal sinal clínico no rebanho os abortos em terço final de gestação, de ampla distribuição mundial, de importância significativa devido as perdas econômicas e ao seu caráter zoonótico, além de ser uma doença de notificação obrigatória. A importância econômica atribuída está relacionada com a possibilidade de infecção em humanos, perdas produtivas do rebanho, morte dos animais, diminuição da produção de leite, descarte precoce, eliminação de animais de alto valor zootécnico e condenação de carcaças no abate. Estima-se uma perda de 10% a 25% da eficiência produtiva dos animais infectados. Sendo considerada doença de caráter ocupacional, afetam fazendeiros, tratadores, médicos veterinários, vacinadores, laboratoristas, trabalhadores de matadouros-frigoríficos, devido a rotina de contato direto com animais infectados e/ou secreções dos mesmos. No ano de 2001 o governo estabeleceu Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), revisado pela IN nº 10 de 2017. O PNCEBT preconiza a vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas entre os 3 e 8 meses de idade contra a brucelose, eliminação dos portadores, exames com resultados negativos para trânsito independente da finalidade e certificação de propriedades livres de brucelose ou de tuberculose. A falta de conhecimento e a negligência sobre a brucelose coloca em risco a saúde dos rebanhos produtivos e dos cidadãos.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.030-016