Resumo
Este estudo aborda a questão dos laudos médicos inadequados, temática que surge da necessidade de compreender os procedimentos éticos e jurídicos na sua contestação bem como os desafios enfrentados por superdotados que recebem tais diagnósticos. A problematização reside na falta de compreensão das características específicas da superdotação, levando a erros médicos, negligência e ou imperícia por parte dos profissionais de saúde mental. O objetivo geral é fornecer uma revisão sobre os princípios éticos e legais envolvidos na contestação de laudos médicos equivocados, oferecendo orientações sobre os procedimentos a serem seguidos nesse processo. Seus objetivos específicos/secundários são: a) destacar a importância de considerar o contexto específico de cada situação ética; b) fornecer uma abordagem prática para lidar com dilemas éticos na prática clínica; c) explorar questões éticas fundamentais relacionadas à prática médica; d) fornecer uma base sólida para entender os princípios éticos e legais envolvidos na contestação de laudos médicos. As metodologias empregadas envolvem revisão de textos acadêmico-científicos bem como de obras jurídicas relevantes e legislação aplicável (eixo técnico), sob o paradigma neoperspectivista giftdeano (eixo epistemológico), e raciocínio hipotético-dedutivo (eixo lógico). Os resultados indicam que a produção de evidências sólidas e a argumentação jurídica consistente são fundamentais para refutar laudos médicos equivocados, enquanto uma compreensão precisa das características da superdotação é essencial para evitá-los. As principais conclusões destacam a importância da conscientização e da formação adequada dos profissionais de saúde mental e do direito, bem como da implementação de abordagens individualizadas no diagnóstico, no prognóstico e no tratamento.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.030-007