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DUPILUMAB: UM NOVO ALIADO PARA O TRATAMENTO DA ESOFAGITE EOSINOFÍLICA?

Rubira LZ;
Romão MP;
Chehter EZ

Lara Zaccarelli Rubira

Marcela Pereira Romão

Ethel Zimberg Chehter


Palavras-chave

Dupilumab
Esofagite eosinofílica
Imunobiológico

Resumo

INTRODUÇÃO: a esofagite eosinofílica é uma doença crônica e imunomediada do trato gastrointestinal, resultante da interação entre fatores genéticos, ambientais e imunológicos do paciente acometido. O quadro clínico caracteriza-se pela disfunção esofágica, que pode apresentar-se enquanto disfagia, dor precordial, dor abdominal superior ou impactação alimentar. O tratamento visa a melhora dos sintomas clínicos e a prevenção da progressão da doença e das complicações subsequentes. Nesse contexto, os imunobiológicos são terapias emergentes e promissoras, sendo o Dupilumab o primeiro tratamento específico aprovado pelo FDA. Ele é um anticorpo monoclonal IgG4, que tem como alvo de ação a IL-4R alfa e, a partir disso, reduz a transforilação de proteínas, a transcrição e a resposta regulada por T helper 2. O objetivo desta revisão sistemática é avaliar a eficácia desse fármaco no tratamento da esofagite eosinofílica, em comparação com as opções já disponíveis no mercado. MÉTODO: foram realizadas pesquisas no PubMed utilizando as palavras-chave “eosinophilic esophagitis dupilumab” e “dupilumab treatment esophagitis eosinophilic”. Obteve-se 60 resultados, a princípio, mas, após a exclusão por título e resumo, e por texto completo, 14 artigos foram incluídos. RESULTADO: todos os artigos analisados demonstraram melhora dos pacientes em uso de Dupilumab, sendo que 13 deles apontaram redução da contagem de eosinófilos, 8 mostraram melhora clínica dos sintomas, 8 indicaram melhora histológica, 7 denotaram melhora do padrão endoscópico, de acordo com a Referência Endoscópica para Esofagite Eosinofílica, e 4 indicaram redução da pontuação do Questionário de Sintomas de Disfagia (QSD). DISCUSSÃO: a esofagite eosinofílica é uma doença rara, mas com potencial de progressão, interferindo negativamente na qualidade de vida do paciente. Assim, como a atual terapia medicamentosa é inespecífica, o uso do Dupilumab apresenta-se como uma solução inovadora e otimista para o futuro, porque modifica o entendimento do manejo da doença, amplia as opções terapêuticas e melhora o prognóstico. CONCLUSÃO: o uso de Dupilumab no tratamento da esofagite eosinofílica demonstrou ser eficaz. Porém, para que o tratamento seja bem estabelecido no que diz respeito às doses utilizadas, à frequência de administração e à monitorização longitudinal, ainda se demandam mais estudos.

 

DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.031-054

 


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Copyright (c) 2024 Lara Zaccarelli Rubira , Marcela Pereira Romão , Ethel Zimberg Chehter

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  • Lara Zaccarelli Rubira
  • Marcela Pereira Romão
  • Ethel Zimberg Chehter