Resumo
Em muitas regiões rurais, famílias inteiras dedicam-se frequentemente ao trabalho árduo em longas jornadas para garantir o próprio sustento. Especialmente nas pequenas propriedades, onde a tecnologia aplicada à produção é, por vezes, obsoleta, toda ajuda no cumprimento das tarefas é valorizada, incluindo, não raro, o trabalho infantil. Este capítulo examina a realidade das crianças em áreas rurais e os fatores que as levam à evasão escolar, além de investigar a percepção das famílias sobre o acesso à educação e os impactos da escolaridade na vida adulta. A educação, enquanto pilar fundamental para o desenvolvimento humano e social, revela-se uma ferramenta imprescindível na busca por condições de vida mais dignas e justas para essas comunidades. Entretanto, observa-se que existem poucos estudos e pesquisas que abordam essa temática, revelando uma lacuna significativa na literatura disponível. Para promover uma compreensão mais aprofundada das dinâmicas que influenciam o acesso e a permanência na escola no campo é imprescindível que haja um maior investimento em investigações e debates sobre os fatores que contribuem para a evasão escolar nas áreas rurais. Essa investigação é fundamental não apenas para informar políticas públicas mais eficazes, mas também para fomentar práticas educativas que atendam às realidades e necessidades específicas das comunidades rurais. O estudo adota uma abordagem descritiva, fundamentada em relatos de experiências de famílias da região conhecida como "Córrego da Perdida Grande", situada entre os municípios de Tumiritinga e Capitão Andrade, no estado de Minas Gerais, Brasil.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.031-049