Resumo
A mortalidade infantil é amplamente reconhecida como um indicador essencial da qualidade de vida e dos serviços de saúde em uma população. Este estudo foi realizado no município de Rio Verde, Goiás, entre 2019 e 2023, com o objetivo de identificar padrões e determinantes da mortalidade infantil, além de avaliar a eficácia das políticas de saúde locais. A metodologia descritiva baseou-se em dados dos sistemas SIM e SINASC, analisando nascidos vivos e óbitos infantis, com foco em características como peso ao nascer, idade gestacional, causas de morte, local de atendimento e perfil socioeconômico das mães. Os resultados revelaram que, ao longo dos cinco anos analisados, houve uma redução gradual da mortalidade infantil, com destaque para uma queda significativa entre 2021 e 2022, as principais causas de morte foram complicações perinatais, infecções neonatais e baixo peso ao nascer, prevalecendo entre os neonatos com idade gestacional abaixo de 37 semanas. Observou-se ainda uma maior taxa de mortalidade entre crianças do sexo masculino, fato que acompanha a tendência nacional. A conclusão reforça a necessidade de fortalecer os cuidados pré-natais, melhorar a infraestrutura das unidades de saúde e capacitar profissionais, especialmente os envolvidos no atendimento neonatal. Intervenções voltadas para a promoção da saúde materno-infantil, como campanhas de conscientização sobre a importância do pré-natal, aleitamento materno e imunização, são recomendadas. A melhoria na qualidade dos registros de óbitos e a vigilância contínua desses dados são cruciais para orientar políticas públicas mais efetivas e direcionadas à redução sustentável das taxas de mortalidade infantil em Rio Verde.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.029-048