Resumo
A atrazina tem sido amplamente utilizada na agricultura brasileira, especialmente nas culturas de milho e soja. Devido ao seu amplo uso, esta revisão de literatura é relevante para sistematizar os principais estudos que avaliam o impacto da atrazina como desregulador endócrino levando a alterações na qualidade da fertilidade, especialmente no sexo masculino. Em vários testes e estudos realizados com a exposição de animais à atrazina, foram observados efeitos negativos relacionados a alterações em fatores essenciais para a fertilidade masculina. Portanto, a inibição do eixo hipotálamo-hipófise-testicular, diminuição da atividade metabólica das células reprodutivas, redução dos níveis de testosterona, redução da enzima lactato desidrogenase (LDH), efeitos negativos na espermatogênese e alterações morfológicas nas gônadas e espermatozoides são resultados da toxicidade da atrazina no sistema reprodutor masculino que contribuem para a infertilidade. De modo geral, conclui-se que a atrazina tem um potencial efeito desregulador endócrino, levando a alterações na forma de produção hormonal, principalmente nos hormônios relacionados à reprodução sexuada masculina. Por esse motivo, avaliar os riscos de exposição a essa toxina em diferentes fases da vida e ao longo de várias gerações, aliado ao conhecimento de seu mecanismo fisiopatológico no sistema reprodutor masculino, é essencial para preservar a saúde reprodutiva das gerações futuras.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.031-005