Resumo
Objetivo: analisar as relações entre os constructos de percepção e tolerância, percebidos pelos gestores de propriedades rurais.
Referencial teórico: se apoia na literatura por meio da agricultura familiar e a tolerância ao risco e incertezas na agricultura.
Método: Realizou-se uma pesquisa survey com 137 agricultores. Trata-se de um estudo quantitativo de carácter descrito. Os dados foram coletados por meio de questionário e revelam que o comportamento dos entrevistados é restrito a ações que não os coloquem em situações de risco financeiro.
Resultados e conclusão: Nas análises das médias do fator comportamento de risco, os resultados revelaram que a percepção ao risco antecede a tolerância ao risco, e a relação entre os constructos é de ordem inversa, em que os gestores percebem mais risco em uma situação que têm a menor tendência a incorrer riscos. Nesse contexto, quanto maior for o risco percebido, menos chances terá o gestor de realizar o negócio. As constatações permitiram ampliar a compreensão sobre as relações entre os constructos de risco dentro do processo decisório. De forma geral, os gestores da agricultura familiar mostram indícios da necessidade de gerir as finanças de forma mais eficiente e na maioria dos casos buscam melhorar essas práticas.
Implicações da pesquisa: as implicações deste estudo para a gestão da agricultura familiar evidenciam que os gestores percebem as situações de risco, e apresentam baixa disposição a correr este risco (tolerância ao risco).
Originalidade/valor: amplia a compreensão sobre a tolerância ao risco vinculado ao financeiro das famílias que vivem da agricultura familiar.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.023-028