Resumo
A Cannabis sativa era usada para fins religiosos, econômicos, recreativos e terapêuticos. No Brasil, a planta está correlacionada com a história do país desde 1500 com a chegada das primeiras caravelas portuguesas, e com os escravos africanos. Porém, em 1924, em Genebra houve a II Conferência Internacional do Ópio, ocorreu à desaprovação do uso da Cannabis. Os estudiosos acreditavam-se que era possível que o delta-9 tetraidrocanabinol e o canabidiol fossem uma alternativa para o tratamento de diversas doenças, tendo o canabidiol como principal composto não psicotrópico, que atua quimicamente sobre a atividade mental. Diante disso, essa pesquisa traz uma grande problemática, que é: Quais os desafios enfrentados pela população que necessita do uso do canabidiol para fins medicinais? Um dos questionamentos que a pesquisa cita é a questão da obtenção da Cannabis sativa, onde grande parte com 75% adquiriu sua erva e ou seu medicamento por meio legal, através da autorização da ANVISA e consulta médica. Porém, outros 12,5% dos participantes adquiriram de forma ilegal. É possível observar que a maioria dos pacientes melhorou, sendo 93,8% delas, notasse que a ansiedade (31,3%) e depressão (25,0%) são as enfermidades que mais são tratadas através da erva pelos participantes, seguido de enxaqueca, mal de Parkinson, cefaleia, dores crônicas, lesões de pele, fibromialgia, epilepsia e qualidade de vida. No relato de melhora foi citado, diminuição de dores, insônia, ansiedade, depressão, bem como a recuperação muscular, melhora na concentração do foco, aumento na disposição e energia, ou seja, a Cannabis medicinal trouxe qualidade de vida para os participantes. Concluindo, o presente trabalho trouxe embaçamento de autores e leis, bem como dos próprios portadores das comorbidades que fazem uso medicinal da Cannabis sativa. Salientando sobre os fatos históricos, benefícios da planta para com o tratamento e melhoria das comorbidades, os avanços através das leis estaduais que vem acontecendo no Brasil sobre a Cannabis medicinal, além dos malefícios que os pacientes enfrentam no decorrer dessa jornada como, o pré-conceito e alto custo.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.026-037