Resumo
Através de uma introdução crítica, este artigo visa analisar a relação que se desenvolveu entre o Serviço Social e as lutas anticapitalistas acontecidas em Angola, entre 1960-1980, com o objetivo de apreender as determinações que construíram a profissão daquela época. A base materialista histórico-dialética conduziu o debate, mediante pesquisas bibliográficas e documentais, pelas quais se percebe que as lutas anticapitalistas, naquele período, eram parte constitutiva de um capitalismo dependente já instalado em Angola, pela via colonial portuguesa, e que essa formação social engendrou no Serviço Social uma profissão à serviço dos mecanismos de superexploração da força de trabalho, como também para formação de uma Angola com os ditames da civilização ocidental. Frente a tal realidade e tendo em conta as mediações teórico-metodológicas que moveram os revolucionários angolanos, as lutas desenvolvidas aboliram não apenas o regime colonial, assim como a profissão, em 1977, nos moldes em que esta foi apenas considerada “expressão do colonialismo”.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.026-020