Resumo
A COVID-19 é infecciosa, de origem zoonótica de rápida disseminação. Dentre as medidas adotadas para conter o avanço da doença destacaram-se a interrupção de atividades humanas, como por exemplo o fechamento de indústrias e do transporte, ações essas que se mostraram positivas para o meio ambiente e para saúde humana, refletindo em feitos como a redução da poluição e de doenças respiratórias. Diversos fatores têm sido apontados para a emergência/reemergência, surgimento e o ressurgimento de doenças infecciosas, entre eles o crescimento populacional que intensifica o processo da urbanização, a globalização, a perda da biodiversidade, o desmatamento e a mudança do uso do solo. Este estudo teve por objetivo verificar a relação entre os problemas socioambientais do século XXI, com foco no desmatamento e na mudança no uso da terra com o surgimento da pandemia do COVID-19. Trata-se de uma pesquisa de revisão narrativa da literatura realizada nas bases de dados da CAPES, SCIELO, PUBMED, GOOGLE SCHOLAR e sites nacionais e internacionais de noticiários e organizações públicas como Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. A análise desses estudos permitiu a criação de três categorias, sendo elas: 1) Avanço do desmatamento no Brasil e no mundo; 2) Mudanças climáticas; e 3) Interferências humanas e a COVID-19. O desmatamento constitui uma atividade humana associada ao surgimento de doenças zoonóticas, utilizada para abertura e expansão de áreas para a agricultura e agropecuária. A prática tem aproximado os seres humanos e os animais domésticos com a vida selvagem, nesse sentido, dialoga com outra situação que possui relação com o tema ampliado neste trabalho, o tráfico ilegal de animais silvestres. As condições destacadas aumentam os riscos de exposição a patógenos, podendo favorecer o surgimento de doenças emergentes, como a COVID-19.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.025-015