Resumo
Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG) são uma complicação significativa na obstetrícia, afetando aproximadamente 16% das gestações, com a pré-eclâmpsia (PE) sendo uma das mais prevalentes, atingindo entre 3% e 10% das gestantes. A PE é caracterizada pela hipertensão e lesão de órgãos após as 20 semanas de gestação, podendo se complicar ainda mais quando sobreposta à hipertensão crônica, especialmente em mulheres com doenças renais preexistentes. A eclampsia, marcada por convulsões tônico-clônicas ou coma, ocorre em gestantes sem histórico de outras condições neurológicas, e é uma das manifestações mais graves da PE. Este estudo revisa as abordagens clínicas atuais para a PE, a partir da análise de 160 artigos publicados entre 2015 e 2024, com descritores como "Abordagem", "Clínica" e "Sindrome Hipertensiva Gestacional”. A nuliparidade surge como um fator de risco importante para o desenvolvimento de desordens hipertensivas na gravidez. Embora o tratamento anti-hipertensivo seja amplamente utilizado, ele permanece controverso, com debates sobre sua eficácia em prevenir complicações graves, como descolamento prematuro de placenta, perda fetal no segundo trimestre e parto prematuro. No manejo da PE, o foco está na prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, por meio de controle rigoroso da pressão arterial, prevenção da eclâmpsia e monitoramento contínuo do bem-estar fetal. A identificação precoce de complicações laboratoriais, como a síndrome HELLP, é crucial para o manejo adequado, buscando-se equilibrar os riscos materno-fetais com os desafios da prematuridade. A compreensão profunda das SHG e a adoção de uma abordagem multidisciplinar são essenciais para mitigar os impactos negativos na saúde da mãe e do feto, garantindo uma intervenção oportuna e eficaz.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.024-008