Resumo
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019
foram coletadas menos bolsas de sangue do que em
2016, mesmo com um aumento na quantidade de
transfusões realizadas e com 1,6% da população
brasileira sendo doadora constante, índice acima do
preconizado pela Organização Mundial de Saúde para
níveis seguros de estoque. O objetivo desta pesquisa
foi demonstrar a eficiência operacional e a satisfação
do doador após a melhoria do fluxo de acolhimento e
atendimento dos doadores em um hemocentro no
município de São Paulo, com a proposta de
agendamento da coleta de sangue com dias e horários
específicos, conforme a necessidade do estoque de
bolsas de sangue, a fim de otimizar os processos de
coleta e evitar aglomerações nas unidades durante a
pandemia de covid-19. Após a implementação dessa
nova prática, a satisfação dos doadores ficou acima de
95%, segundo pesquisa da instituição, e o descarte de
bolsas de hemácias foi reduzido de 14,3% para 1,2%,
em média, elevando o nível de eficiência operacional
para esse insumo tão valioso. Concluiu-se que a nova
organização do agendamento de coleta aumentou a
satisfação dos doadores e gerou diminuição
extremamente positiva no descarte de bolsas de
hemácias por perda da validade, devido à melhor
gestão do estoque com agendamento o por tipagem
sanguínea em dias específicos da semana para a
manutenção das reservas. A logística de recrutamento
e agendamento propiciou também menor aglomeração
dos doadores, o que diminuiu o risco de exposição em
períodos pandêmicos.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevcipcsv1-003