Resumo
A pesquisa buscou identificar, analisar e comparar a percepção de aprendizagem no ensino remoto de docentes e discentes do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá, de um campus na zona norte, na cidade do Rio de Janeiro. Utilizando uma abordagem qualitativa e multimetodológica, foram empregados procedimentos de pesquisa documental e entrevista narrativa, com foco na abordagem (auto)biográfica. Participaram 20 alunos e 13 professores, incluindo doutores e mestres. A principal ferramenta metodológica para obter as narrativas dos docentes e discentes foi a entrevista (de voz) semiestruturada, conduzida principalmente de forma remota via Microsoft Teams ou Google Meets. Antes dos tópicos da entrevista, foram coletadas informações sobre características socioprofissionais, como sexo, idade e formação acadêmica. Os docentes foram questionados sobre o tempo de docência, as disciplinas lecionadas e a experiência em outras Instituições, enquanto os discentes compartilharam dados sobre o período acadêmico e formação anterior. Para ambos foi abordada a percepção sobre o ensino remoto e o presencial. A análise considerou as narrativas coletadas, documentos referentes à formação do Psicólogo no Brasil e a matriz curricular do curso. Os resultados revelam a dificuldade dos entrevistados em diferenciar ensino remoto e online. Nas respostas há consenso sobre pontos positivos (eliminação do deslocamento) e negativos (falta de interação). Sobre a formação profissional, tanto docentes quanto discentes expressam preocupações. A preferência pela modalidade presencial é quase unânime entre os discentes, que também mencionam salas de ensino remoto superlotadas. Conclui-se que conhecer a percepção desses grupos sobre aprendizagem remota pode gerar reflexões valiosas para a prática educacional.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.024-003