Resumo
Na contemporaneidade, o consumismo está sendo incentivado de maneira desenfreada e precisa ter um público-alvo bem definido. Este fenômeno ganha espaço facilmente no ciclo das interações sociais, fazendo com que a compra se torne mais um mecanismo decorrente dos sintomas apresentados pelos indivíduos. Desta forma, este trabalho tem como objetivo, por meio de uma análise de um referencial teórico, compreender a interação entre a histeria e o consumismo, utilizando como base conceitos de Freud e outros autores renomados na área da psicanálise.Observa-se que os conceitos de consumismo e do mal-estar na civilização, o sintoma e a histeria estão interligados pelas características que circundam a pessoa histérica, marcada por um vazio existencial e uma procura incessante de um objeto que nunca é suficiente para satisfazê-la. Estas condições, que norteiam a sociedade contemporânea, intensificam os sintomas histéricos. Ao serem compreendidos pelo analista, esses sintomas podem ser ressignificados, proporcionando um novo sentido para os conflitos internos dos indivíduos. A compreensão desses fenômenos é essencial para entender como o consumismo atua como uma resposta inadequada aos vazios e angústias presentes na sociedade atual.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.020-006