Resumo
A pesquisa recente em microbiomas destaca a interação complexa entre microrganismos do corpo humano e o sistema imunológico. O microbioma, especialmente o intestinal, é crucial para digestão, síntese de vitaminas, proteção contra patógenos e modulação da resposta imunológica. Microrganismos intestinais são fundamentais para a maturação do sistema imunológico, influenciando funções como a produção de metabólitos anti-inflamatórios e a detecção de patógenos. O desequilíbrio na composição do microbioma (disbiose) está associado a doenças como diabetes tipo 1, esclerose múltipla e certos tipos de câncer. A manipulação do microbioma para tratar ou prevenir doenças representa um avanço significativo na medicina, especialmente na imunoterapia. Avanços em tecnologias de sequenciamento de DNA e metagenômica têm permitido mapear a diversidade dos microbiomas, associando variações no microbioma a diferentes estados de saúde e doença. Essas tecnologias identificam biomarcadores para diagnóstico e alvos para intervenções terapêuticas. As terapias incluem probióticos, prebióticos e transplantes de microbiota fecal. Estas têm demonstrado potencial para restaurar o equilíbrio microbiano e fortalecer o sistema imunológico. Estudos mostram que probióticos ajudam a prevenir e tratar condições como doenças gastrointestinais e alergias. A composição do microbioma pode influenciar a resposta a imunoterapias contra o câncer, sugerindo novos tratamentos personalizados. Modulação do microbioma antes de tratamentos pode aumentar a eficácia das terapias. Os microbiomas têm um papel vital na modulação do sistema imunológico. Pesquisas contínuas e desenvolvimento de terapias baseadas no microbioma oferecem novas oportunidades para prevenir e tratar diversas doenças, abrindo caminho para intervenções terapêuticas personalizadas na medicina de precisão.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.021-001